O presidente da Renamo apelou esta segunda-feira a todos os moçambicanos para se unirem na “luta contra a tirania deste regime”, que, segundo ele, já está a tratar Moçambique como sua coisa e sua propriedade.
Segundo Ossufo Momade, todos os moçambicanos sabem que para a democracia multipartidária estar inscrita na Constituição da República e hoje lutar-se para a sua consolidação foi necessário que os moçambicanos apoiassem a luta da Renamo.
“Hoje cada moçambicano, sem excepção, é convocado a lutar contra a tirania deste regime, não de forma isolada. Urge unirmos esforços para que a ditadura e tirania sejam eliminados do solo pátrio”.
Na mesma ocasião apelou a toda a sociedade moçambicana, às Organizações da Sociedade Civil, académicos, jornalistas e partidos da oposição, “para tomarmos a consciência de que só unidos podemos salvar Moçambique”.
O presidente da Renamo, Ossufo Momade, diz que o Governo da Frelimo está a transformar Moçambique em sua “coisa”, sua propriedade, por isso não desiste em mudar a ordem jurídica implantada no Estado.
O debate em torno da realização de eleições distritais, como impõe a Constituição de Moçambique, continua a ser o tema em dia.
Nesta segunda-feira, o presidente da Renamo chamou a imprensa para rebater o posicionamento do partido mais forte de Moçambique, a “Frelimo”.
Ossufo Momade diz que o Governo da Frelimo está a transformar Moçambique em sua “coisa” e sua propriedade.
“É assim que no dia 28 do passado mês de Março a bancada parlamentar da Frelimo alterou o período da convocação das eleições, como forma de impedir a realização das eleições distritais previstas na Constituição da República para 2024 e uma tentativa de impor um terceiro mandato do senhor Filipe Nyusi, o que é manifestamente inconstitucional e autêntica arrogância política”, disse, acrescentando ainda que este comportamento antidemocrático é reflexo das actuais alianças do regime que prefere amigos cuja génese é a ditadura e ausência de cultura democrática.
O líder da Renamo disse que negar a realização das eleições distritais é não respeitar a memória do saudoso presidente Afonso Macacho Marceta Dhlakama, herói com quem o senhor Filipe Nyusi teve entendimento, aceitando a realização das primeiras eleições distritais como instrumento de consolidação do processo de descentralização. (ppp)