Sociedade

Renamo e MDM dizem que PGR responde apenas às expectativas do partido

A questão de Manuel Chang é sempre contornada. Apenas vimos a musculatura do Governo fazendo com que Manuel Chang seja julgado em Moçambique, desvirtuando, na verdade, aquilo que é essência da prática da justiça e, no caso concreto, de um caso que defraudou o bolso dos cidadãos moçambicanos e que estão a pagar uma factura alta em relação a este caso.  Mas aqui o Governo continua a pagar uma factura altíssima com os advogados nos tribunais de Londres, o que vale dizer que a PGR está a responder apenas às expectativas do partido Frelimo, e não dos moçambicanos.               

A bancada parlamentar da Renamo diz que este informe é meramente descritivo e de queixumes. O MDM, por sua vez, diz que não há grandes novidades, além de ser uma mera desilusão para o povo moçambicano. Entretanto, como sempre, a Frelimo não partilha da mesma perspectiva e, no entender desta bancada, este informe traz informações candentes do estado da justiça, com destaque para a corrupção e crimes de sequestros que estão a assolar a sociedade moçambicana.

O deputado e porta-voz da bancada parlamentar da Renamo, Arnaldo Chalaua, considera que o informe é mais descritivo, porque olha para os sequestros, raptos, questões correlacionadas com a Polícia, SERNIC, sem necessariamente apontar os problemas reais destes sectores, e muito menos dar soluções pertinentes.

Explicou ainda que quanto a questões cadentes que preocupam a sociedade moçambicana, a PGR aborda de forma parcial, nomeadamente questões como de sequestros, branqueamento de capitais, crimes cibernéticos e outros, sublinhando que “vimos vezes sem conta o saque da tesouraria pública, para o enriquecimento ilícito, e no capítulo da educação e saúde foi notório; viu-se a questão que tem a ver com a Covid-19, e os fundos que não foram bem justificados, é verdade que este é um informe anual”.

Disse ainda que este informe peca por não trazer à superfície nomes de pessoas que andam a saquear a tesouraria pública sem justa causa, ou seja, a questão de Manuel Chang é sempre contornada, “apenas vimos a musculatura do Governo fazendo com que Manuel Chang seja julgado em Moçambique, desvirtuando, na verdade, aquilo que é a essência da prática da justiça, e no caso concreto que defraudou o bolso dos cidadãos moçambicanos, e os moçambicanos estão a pagar uma fractura alta em relação a este caso. Mas aqui o Governo continua a pagar a factura altíssima com os advogados nos tribunais de Londres, o que vale dizer que a PGR está a responder apenas às expectativas do partido e não dos moçambicanos”.

“A PGR tem uma função extremamente importante como advogada do povo moçambicano, mas peca na sua constituição e sua natureza, porque é o Chefe de Estado que indica e nomeia o Procurador-Geral da República. Para permitir a serenidade, transparência e neutralidade era bom que o PGR fosse efectivamente nomeado pelos seus pares, ou seja, conselheiros renomados no ordenamento jurídico moçambicano. Mas não é isso que interessa ao Chefe de Estado”, disse o porta-voz da Renamo.

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