Sociedade

Naja moçambicana aterroriza restaurantes e estâncias turísticas em Durban

Há vários relatos de aparição de cobras cuspideiras moçambicanas na turística cidade de Durban, na vizinha África do Sul. Dados tornados públicos pelas autoridades sul-africanas indicam que este tipo de réptil tem estado bastante activo desde o passado mês de Abril.

A cobra cuspideira de Moçambique, também conhecida por “naja moçambicana” é uma serpente muito comum nas regiões de savana da África tropical e subtropical.

De acordo com ambientalistas, a naja moçambicana é frequentemente encontrada em cupinzeiros abandonados, buracos de roedores e próximas de assentamentos humanos.

Na idade adulta, a naja moçambicana pode atingir um tamanho médio de 0,90-1,0 m de comprimento, com tamanho máximo de 1,5 m.

A cuspideira moçambicana é uma serpente muito agitada e nervosa, sobretudo, quando confrontada de perto e pode se elevar até dois terços de seu comprimento, abrir seu capuz e prontamente “cuspir” seu veneno à distância, como forma de defesa. Ao fazer isso, o veneno pode ser ejectado a uma distância de 2-3 m, com uma precisão extraordinária.
Especialistas em serpentes de savana, explicam que a naja moçambicana não costuma picar, apesar de seu comportamento agressivo, mas sua picada causa destruição local grave dos tecidos, para além de que se o veneno atingir os olhos pode até causar cegueira. O veneno é potencialmente citotóxico e neurotóxico.

Para além de Moçambique, a naja moçambicana também pode ser encontrada em Angola, Botswana, Malawi, Namíbia, África do Sul, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

 

Terror em instâncias de lazer de Durban

 

De acordo com o diário sul-africano Daily News, na edição desta sexta-feira, um caçador de serpentes, de nome Jason Arnold foi chamado a intervir numa famosa estância turística na zona de Umhlanga Rocks por causa da aparição de uma cobra.

A cidade Umhlanga é uma cidade residencial, comercial e turística ao norte de Durban, na costa de KwaZulu-Natal, na vizinha África do Sul e faz parte do Município Metropolitano de Ethekwini, que foi criado em 2000.

Segundo Jason Arnold, na descrição dos proprietários da referida instância, a cobra parecia uma serpente de arauto inofensiva, mas após pedir que lhe enviassem fotos e vídeos da serpente, constatou de imediato que tratava-se de uma cobra cuspideira de Moçambique.

“Sua descrição estava muito longe de uma cobra cuspideira, e é por isso que pensei que era uma cobra de arauto”, disse Arnold a imprensa sul-africana.

 

Naja moçambicana muito activa em Durban desde abril

 

Não é primeira vez que as najas moçambicanas são capturadas na cidade de Durban. Recentemente, outra matéria da mesma fonte que temos vindo a citar, indica que as cobras cuspideiras de Moçambique estiveram muito activas no passado mês de abril e até então, ainda estão.

Outro caçador de cobras de Durban, Nick Evans resgatou recentemente duas najas moçambicanas em dois dias consecutivos.

Conforme conta Evans tudo teria ocorrido numa tarde de uma quinta-feira, quando ele estacionou em uma garagem em Westville North.

Evans acrescenta ainda que capturou uma cobra de mais ou menos 80 cm, sendo que na quarta-feira anterior havia capturado outra cobra cuspideira moçambicana em um lounge em Reservoir Hills. (Dávio David)

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