Sociedade

Cabo Delgado: Mais de 90 mil deslocados carecem de ajuda humanitária

O Conselho Cristão de Moçambique (CCM) adverte sobre a necessidade de ajuda humanitária para mais de 90 mil pessoas deslocadas devido ao terrorismo na província nortenha de Cabo Delgado.

O alerta é do delegado do CCM, na província de Cabo Delgado, Emerson Ubisse, afirmando que a nova onda de ataques terroristas ocorrida em Janeiro findo precipitou a situação.

“A necessidade é grande, cerca de 90 e tal mil pessoas, desde deslocados de Macomia, Ibo, esses últimos ataques que aconteceram desde Dezembro do ano passado para cá, é muita gente por assistir e a prioridade neste momento é comida”, disse Ubisse a Rádio Moçambique, emissora nacional.

”Neste momento há comunidades que estavam a produzir quase agora para colheita por exemplo o milho, mas as pessoas ainda estão em situação de deslocados, estão a correr de um lado para o outro e isso é prenúncio de fome para boa parte dessas comunidades e as comunidades acolhedoras terão de dividir, terão de compartilhar a comida que não vai ser suficiente para toda gente”, acrescentou.

O delegado do CCM em Cabo Delgado disse que, para fazer face a esta crise alimentar, as outras províncias do país devem incrementar a produção agrícola.

Ubisse afirma que os deslocados devem deixar de depender de ajuda externa porque as organizações humanitárias têm outras prioridades pelo mundo fora.

“De destacar Nampula, Niassa e Cabo Delgado que são províncias altamente produtivas (…),esta crise não vai terminar tão já as outras épocas agrícolas estão a passar. Se calhar teremos que aprender com esta lição para produzirmos o suficiente para assistir as comunidades”, avançou.

Acrescentou que “em Cabo Delgado é difícil uma vez que as áreas de produção estão bastante reduzidas devido a ameaça de ataques, mas Nampula e Niassa precisam produzir a pensar nas comunidades que vão receber vindas de Cabo Delgado devido ao terrorismo ou de outras situações como intempéries e ciclones que podem acontecer”.

A fonte salientou que o país precisa de se tornar independente quando a ideia é alimentar as populações em situação de deslocados. (AIM)

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