A Deputada da bancada da Frelimo, Lucília Hama afirmou recentemente que os casos de corrupção na Administração Pública moçambicana têm sido recorrentes e em proporções alarmantes.

Os pronunciamentos da deputada Lucília Hama foram feitos durante um seminário de capacitação aos deputados e membros da 4ª Comissão da Assembleia da República, cujo, ela preside.

Na ocasião Hama referiu que o agravamento de casos de corrupção na Administração Pública tem prejudicado o normal funcionamento das instituições e concorrendo para a fraca melhoria da prestação de serviços públicos.

Assim sendo, acrescenta ainda Lucília Hama que “é perante este espectro sombrio que a Assembleia da República, entanto que órgão de soberania fiscalizador da acção governativa, tem vindo a desempenhar um papel fundamental nas acções de prevenção e combate a corrupção na Administração Pública, bem como na promoção da integridade e cultura de prestação de contas através da aprovação de legislação contundente no combate e eliminação deste mal”.

Particularmente, segundo a deputada Lucília Hama “a nossa Comissão tem a competência para prevenir e combater à corrupção na Administração Pública. É necessário que os deputados da Comissão de Administração Pública e Poder Local tenham domínio das linhas orientadoras da Estratégia de Prevenção e Combate à Corrupção na Administração Pública (EPCCAP-2023-2032) para que possam apropriar-se das matérias inerentes a este combate”.

Aliás, segundo ela, não foi por caso, que os deputados da referida 4ª Comissão da AR, tenham sido alvos do referido seminário que serviu, segundo ela, para “refrescar a aprendizagem e reflexão sobre as melhores práticas de prevenção e combate à corrupção na Administração Pública”.

Contudo, conforme tem sido referido na praça pública, o nosso país é dos que na região possui melhor legislação anticorrupção, entretanto, há sim falta de vontade política para combater energeticamente à corrupção que conforme alegam os dirigentes, atingiu níveis alarmantes em todos domínios da sociedade.

Aliás, recorde-se que a própria bancada parlamentar da Frelimo na AR, da qual, a deputada Lucília Hama faz parte, votou a favor da inscrição das dívidas ocultas na Conta Geral do Estado de 2015-1016.

Por seu turno, o gestor de Programa da organização International IDEA, em Moçambique, Elísio Muendane, entende que não há dúvidas que a corrupção no país é um dos factores casuais do subdesenvolvimento.

“A corrupção, nas suas diversas formas, é um empecilho para que as crianças, jovens, adultos e idosos experimentem oportunidades de prosperidade”, disse Muendane. (Davio David)