Política

Algumas brigadas em Nampula exigem declaração de bairro

De acordo com o reporte do CIP )Centro de Integridade Pública), na cidade de Nampula relatam-se casos de algumas brigadas de recenseamento eleitoral que estão a exigir uma declaração de bairro aos eleitores que se queiram recensear. 

 

Uma dessas brigadas está a funcionar na Escola Secundária de Teacane (mais conhecida por Escola Secundária de Mualhaco), no bairro Natikiri. O mesmo está a acontecer com uma brigada localizada na EPC Maria da Luz Guebuza. Segundo o CIP, mesmo quando os cidadãos estão portando os documentos exigidos por lei, os brigadistas continuam a exigir a declaração do bairro, principalmente dos eleitores jovens. Se não for declaração de bairro, pedem aos jovens que dêem o nome do secretário do bairro e do quarteirão onde moram. Em alguns casos, exigem depoimento do secretário de bairro antes de registar o eleitor.

Em Manica, o Director Provincial do STAE, Luciano José, disse desconhecer a proibição do registo de cidadãos que arrendam casas no Chimoio. “Ele estava a reagir a uma reportagem aqui, comprovada com entrevistas em vídeo gravadas pelos nossos correspondentes, que mostrava que alguns cidadãos estão a ser negados o direito de se registarem em Chimoio, por viverem em casas arrendadas, mesmo sendo naturais de Chimoio”.

 

Outras incidências

 

Seis dias depois do início do recenseamento eleitoral, ainda há zonas na Manhiça, província de Maputo, onde o recenseamento ainda não começou devido a problemas de estradas intransitáveis. As áreas em causa são Calanga, Xihenyise e  Dzonguene na ilha de Josina Machel.

No município do Quissico, província de Inhambane, o posto de recenseamento da EPC de Chissibuca é obrigado a encerrar o registo do dia até às 16h30, o que tem causado agitação na fila de espera.

No município de Vilanculo, o director do STAE, Luís Zunguene, tem reconhecido a existência, em quase todos os postos de recenseamento, de casos de má qualidade dos cartões de eleitor, tendo nalguns casos encravamento das impressoras.

Em Mutarara, em Tete, agentes da Educação Cívica Eleitoral enfrentam dificuldades para chegar a algumas aldeias do posto administrativo de Inhangoma, porque as estradas ficaram intransitáveis ​​após a passagem do ciclone Freddy.

No distrito de Manica, na Escola Primária de Messica-Sede, as máquinas também não reconhecem rostos e impressões digitais dos eleitores idosos.

Na Ilha de Moçambique EPC, esta manhã (26 de Abril) houve um conflito entre os monitores da Renamo e os brigadistas. Os monitores da Renamo não quiseram ficar a um metro de distância, como recomendado, mas sim estar mais próximos dos brigadistas. A confusão obrigou ao encerramento do posto de registo. O problema foi posteriormente resolvido com a intervenção do director do STAE local.

Na vila de Mocímboa da Praia, nos postos do 3º Congresso e das EPCs 30 de Junho, o número de brigadas foi aumentado, o que se reflectiu na celeridade das inscrições.

Na Escola Primária de Michenga, em Micanhelas, distrito do Lago, compareceram ao posto quatro indivíduos, supostamente mobilizados pela Frelimo. Os quatro indivíduos são da localidade de Khobwe, a 110 km do município.

Na vila de Metangula, houve um confronto entre a Renamo e a Frelimo, porque a primeira trouxe indivíduos, supostamente da Tanzânia, para se registarem no EPC de Metangula. A Frelimo descobriu isso e impediu-os de os registar, o que causou uma briga. (PpP/fonte:CIP)

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